Brasil: FENAJ orienta Sindicatos sobre segurança dos jornalistas na cobertura das eleições

Brasil: FENAJ orienta Sindicatos sobre segurança dos jornalistas na cobertura das eleições

De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 160 casos de violência contra jornalistas no país – incluindo assassinato, atentados, agressões físicas e verbais, ataques virtuais, intimidações e censuras por ação judicial. O levantamento ainda é preliminar, mas já dá mostras do ambiente de deterioração da liberdade de imprensa e do livre exercício do Jornalismo no país, que se instalou desde 2019 e se agrava com a crescente violência política.

Brasil: FENAJ orienta Sindicatos sobre segurança dos jornalistas na cobertura das eleições

Preocupada com a institucionalização das violações à liberdade de imprensa e com o aumento das tensões políticas, a Diretoria Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) orientou os 31 Sindicatos filiados a adotarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas, sobretudo nessa reta final da campanha e no dia do primeiro turno das eleições de 2022.

Uma das orientações é que os Sindicatos de Jornalistas disponibilizarem equipes de plantão para atender as/os profissionais que venham a sofrer algum tipo de violência nesse período, sobretudo no domingo, dia 2 de outubro.

“Assim como fizemos no 7 de setembro, estamos orientando os Sindicatos a reforçarem as medidas que muitos já adotam, como é o caso dos plantões sindicais, com dirigentes atuando diretamente no recebimento de informações sobre cerceamento ao trabalho da imprensa, agressões, detenções e outros casos, além da disponibilização de assessoria jurídica”, afirma a presidenta da FENAJ, Samira de Castro.

De acordo com a dirigente, os Sindicatos também foram orientados a buscar diálogo com as instituições que atuam no campo da proteção ao trabalho e na garantia de direitos, como o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública e Ministério Público, a fim de que estas possam emitir notificações recomendatórias às empresas jornalísticas e às autoridades policiais para salvaguarda da atividade profissional da categoria.

“Além disso, orientamos novamente os Sindicatos a enviarem ofícios às empresas, cobrando a adoção de medidas para mitigar os riscos nas coberturas dos eventos eleitorais, além de apresentarem seus planos de ação para o período”, completa Samira de Castro.

Por fim, a FENAJ também solicita aos Sindicatos que orientem a categoria, fornecendo o acesso a publicações com dicas de segurança para o enfretamento da violência online e offline. “Destacamos que, caso sofra agressão ou ataque, a/o jornalista deve comunicar o Sindicato, a chefia imediata e registrar a ocorrência na Polícia”, pontua a presidenta da FENAJ.


Confira as orientações para a atuação dos Sindicatos, na proteção e apoio às/aos jornalistas:

– Enviar ofício às empresas empregadoras, alertando para os riscos de agressões por parte dos apoiadores do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, e solicitar a adoção de medidas protetivas, como por exemplo, o envio de equipes completas aos locais de votação e de concentração de eleitores (comitês, sedes dos partidos, locais de comemoração pública), a disponibilização de assessoria jurídica para as equipes em campo e a imediata autorização para que as/os jornalistas, em situação de perigo, se retirem da pauta;

– Solicitar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que envie notificação recomendatória a todos os veículos jornalísticos com medidas de segurança a serem adotadas na cobertura eleitoral, bem como solicitando que as empresas digam quais providências estão adotando;

– Comunicar às autoridades competentes casos de ameaças prévias a jornalistas e/ou veículos de comunicação;

– Divulgar orientações à categoria. Sugerimos o “Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral”, elaborado pela Secretaria de Saúde e Segurança da FENAJ, a partir de publicação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

– Orientar as mulheres jornalistas que cobrem ou participam da política partidária a se protegerem tanto nas redes sociais quanto fora delas. Para ajudar nesse contexto, sugerimos o  “Guia para enfrentamento da violência política de gênero”, elaborado pelo Redes Cordiais, e a publicação “Falando sobre ataques online e trolls: um guia para jornalistas e criadores de conteúdo na internet”, que ensina como lidar com ataques virtuais;

 – Orientar as/os trabalhadores agredidos a registrar Boletim de Ocorrência e comunicar às chefias e ao Sindicato.



ESPAÑOL

De enero a septiembre de este año, hubo 160 casos de violencia contra periodistas en el país, entre asesinatos, agresiones, agresiones físicas y verbales, ataques virtuales, intimidación y censura por parte de la justicia. El relevamiento aún es preliminar, pero ya muestra el ambiente de deterioro de la libertad de prensa y el libre ejercicio del periodismo en el país, que se instala desde 2019 y se agudiza con la creciente violencia política.

Preocupada por la institucionalización de las violaciones a la libertad de prensa y el aumento de las tensiones políticas, la Junta Ejecutiva de la Federación Nacional de Periodistas (FENAJ) orientó a los 31 gremios afiliados a adoptar medidas para garantizar la seguridad de lxs periodistas, especialmente en esta recta final de campaña y el día de la primera vuelta de las elecciones de 2022.

Una de las directrices es que los Sindicatos de Periodistas dispongan de equipos de guardia para asistir a lxs profesionales que puedan sufrir algún tipo de violencia durante este período, especialmente el domingo 2 de octubre.

“Así como lo hicimos el 7 de septiembre, estamos orientando a los sindicatos a reforzar las medidas que muchos ya adoptan, como es el caso de los turnos sindicales, con dirigentes actuando directamente en recibir información sobre restricciones al trabajo de la prensa, agresiones, detenciones y otros casos, además de brindar asesoría legal”, dice la presidenta de FENAJ, Samira de Castro.

Según la dirigente, los gremios también se orientaron a buscar la interlocución con instituciones que trabajan en el campo de la protección laboral y garantía de derechos, como el Ministerio Público del Trabajo, la Defensoría Pública y el Ministerio Público, para que estos emitan avisos de recomendación a empresas periodísticas y autoridades policiales para salvaguardar la actividad profesional de la categoría.

“Además, orientamos nuevamente a los Sindicatos a enviar oficios a las empresas, exigiendo la adopción de medidas para mitigar los riesgos en la cobertura de eventos electorales, además de presentar sus planes de acción para el período”, completa Samira de Castro .

Finalmente, FENAJ también pide a los Sindicatos orientar la categoría, facilitando el acceso a publicaciones con consejos de seguridad para enfrentar la violencia en línea y fuera de línea . “Resaltamos que, en caso de agresión o ataque, el periodista debe informar al Sindicato, al jefe inmediato y registrar la ocurrencia ante la Policía”, señala el presidente de la FENAJ.


Consulta los lineamientos para el trabajo de los Sindicatos, en la protección y apoyo a lxs periodistas:

– Enviar una carta a las empresas empleadoras, advirtiendo de los riesgos de agresión por parte de los simpatizantes del candidato a la reelección, Jair Bolsonaro, y solicitar la adopción de medidas de protección, como, por ejemplo, el envío de equipos completos a las mesas de votación y concentración. lugares de votación (comisiones, sedes partidarias, lugares de conmemoración pública), la prestación de asesoramiento jurídico a los equipos en terreno y la autorización inmediata a lxs periodistas, en situaciones de peligro, para retirarse de la agenda;

– Solicitar al Ministerio Público del Trabajo (MPT) que envíe una notificación de recomendación a todos los vehículos periodísticos con medidas de seguridad a adoptar en la cobertura electoral, así como solicitar a las empresas que digan qué medidas están adoptando;

– Comunicar casos de amenazas previas a periodistas y/o medios de comunicación a las autoridades competentes;

– Difundir las pautas a la categoría. Sugerimos la “Guía para Proteger a los Periodistas en la Cobertura Electoral”, elaborada por el Departamento de Salud y Seguridad de la FENAJ, con base en una publicación del Sindicato de Periodistas de São Paulo.

– Orientar a las mujeres periodistas que cubren o participan en partidos políticos para que se protejan tanto en las redes sociales como fuera de ellas. Para ayudar en este contexto, sugerimos la  “Guía para enfrentar la violencia política de género”, elaborada por Redes Cordiais, y la publicación “Hablando de ataques en línea y trolls: una guía para periodistas y creadores de contenido en Internet”, que enseña cómo para hacer frente a los ataques virtuales;

 – Instruir a lxs trabajadorxs que han sido agredidxs a realizar una denuncia policial y comunicarla a sus superiores y al Sindicato.



Brasil